A administração de um datacenter com 100 servidores demanda uma equipe multidisciplinar dentro de uma empresa, com conhecimentos de hardware, storage, redes e manutenção geral. Alem destes profissionais temos ainda os que gerenciam as aplicações e serviços, como o DBA e outros administradores especializados.
As tecnologias de virtualização já reduziram em muito esta necessidade de pessoal especializado por alocar em um mesmo servidor físico a maioria dos servidores que antes as empresas possuíam. Em muitos casos a taxa de virtualização chega a 50:1, ou seja, 50 servidores virtuais em cada servidor físico.
Levando em conta que servidores utilizados para virtualização são multiprocessados, com discos e fontes redundantes e memória RAM ECC reduzimos os PoFs (Points of Failure) radicalmente já que retiramos 48 coolers, 48 fontes, 49 discos e 49 sistemas de memória que não possuíam estas mesma tecnologias de redundância de um hardware preparado para esta função.
Mais dois exemplos que nem sempre são contados nesta melhora é a configuração de rede e acesso a storages iSCSI e FC (Fiber Channel). Afinal, reduzimos de no mínimo 50 placas de rede e 50 conexões a storage para apenas 4 placas de rede e 4 para storage (com NIC Team e redundâncias), o que um único switch poderia dar conta.
Acrescente a isso que em muitas empresas há diferentes fabricantes de hardware e storage, bem como diferentes tecnologias de virtualização como Hyper-V, VMWare e Xen da Citrix. Uma solução de nuvem privada com System Center 2012 é capaz de administrar os três hypervisors (SOs de virtualização) a partir de um único console.
Saindo da esfera de hardware e virtualização entramos na área de monitoramento e automatização de processos de TI, onde com a família de produtos System Center 2012 passamos a ter um completo ecossistema de gerenciamento e administração:
Produto
Finalidade
System Center Virtual Machine Manager
Gerencia os host e as maquinas virtuais com suporte aos 3 principais hypervisors (Hyper-V, ESX e Xen), administração de storages com protocolo SMI-S, aplicação de updates nos hosts e nas maquinas virtuais, criação de clusters Hyper-V, implementação de um conjunto de maquinas virtuais para um serviço automaticamente, e muitos outros recursos
System Center Operations Manager
Monitoração ativa de todo o ambiente, incluindo hardware, serviços, SO e qualquer outro recurso seja este PC, Mainframe, devices de rede, etc.
System Center Configuration Manager
Aplicação de patches, distribuição de software, inventários, controle de licenciamento (SAM), monitoração de compliance (DCM), etc.
System Center Orchestrator
Automatização de processos com interface gráfica modelo Visual Studio permitindo automatizar tarefas do AD, SO, NTFS, Hyper-V e outros
System Center Data Protection Manager
Backup e restore do ambiente virtual e serviços Microsoft online e com recuperação granular de itens tanto de backups em disco (short term) como tapes (long term)
Resumindo, as empresas só tem a ganhar com a suíte de produtos System Center para gerenciamento e implementação de sua nuvem privada.
A manutenção de um datacenter com 100 servidores não é fácil, é necessário ter monitoramento continuo do hardware e software instalados em cada um deles. O numero de SPoF (Single Point of Failure) é estrondoso.
Em uma nuvem privada reduzindo de 100 servidores físicos para apenas 2 temos o numero de PoFs reduzidos dramaticamente, como exemplificado no tópico anterior. É claro que o custo inicial de compra dos servidores e storages para o ambiente será representativo, mas tem ROI (Return of Investment) muito rápido levando em conta alguns outros fatores.
Estes fatores a serem considerados envolvem o TCO (Total Cost Ownership), por exemplo, o próprio custo com energia elétrica.
Vamos fazer um cálculo simples e ver que apenas com o custo reduzido de energia elétrica já é possível justificar o investimento em uma nuvem privada:
Outro fator de economia com TCO é com profissionais especializados.
É claro que a nuvem privada não reduz custos com administradores especializados como DBAs, profissionais de segurança e mensageria e especialistas em rede. Porem, com a implementação de serviços é possível criar um conjunto de servidores já configurados para montar, por exemplo, um site web com banco de dados com apenas alguns cliques de mouse e com os produtos System Center 2012 liberar estes profissionais das tarefas repetitivas e monitoração manual.
O mesmo é aplicável ao gerenciamento de HNLBs (Hardware Network Load Balancers) e endereçamentos de rede e VLANs (Virtual Local Area Network, para isolamento de redes) administrados automaticamente pela suíte System Center 2012.
Assim, a implementação de uma nuvem privada reduz os custos de hardware a longo prazo, manutenção e equipamentos, e com os produtos Microsoft System Center 2012 reduzimos o custo de administração e implementação de serviços na empresa, bem como passamos a contar com um completo sistema de monitoramento e mapeamento do datacenter.
Em um ambiente com servidores físicos a simples troca de discos para aumento de armazenamento local pode gerar um grande problema, já que é necessário parar por horas os serviços para copiar os dados e fazer a substituição física dos componentes.
O mesmo problema acima é resolvido em minutos em uma nuvem privada, pois como storages permitem a adição de gavetas em funcionamento e o Windows Server 2008 R2 é capaz de lidar com o redimensionamento e adição de discos com o SO em operação, não haveria parada para a operação de aumento de espaço de armazenamento.
Outra situação é caso seja necessário adicionar memória RAM ou recursos como processadores, o que em um servidor físico exige parada e muitas vezes causam problemas de compatibilidade ou reativação do Windows.
Iniciamos neste artigo com a perspectiva de reduzir de 100 servidores para apenas 2 com a virtualização, o que nos dá a taxa de 50:1 que é aceitável e amplamente aplicável.
Caso seja necessário aumentar memória é possível fazer isso movimentando as maquinas virtuais para o outro servidor e deixando o que precisa ser atualizado disponível. É claro que deve ser respeitado o limite de recursos do servidor que irá receber as maquinas virtuais, mas isto é calculado já na implementação da nuvem privada.
Caso seja necessário a adição de um novo servidor para aumentar a capacidade de processamento na nuvem privada não há parada no ambiente e ele imediatamente fica disponível para balancear a carga com os outros servidores ou para servir de redundância automática.
O mais importante a lembrar neste tópico é que não há limites físicos para crescimento de uma nuvem privada, enquanto servidores individuais se tornam rapidamente obsoletos.
A Nuvem Privada Microsoft é uma oferta exclusiva e abrangente, construída sobre quatro “pilares” principais:
Referencia: http://www.microsoft.com/virtualization/pt/br/private-cloud.aspx